30 setembro, 2007

O amadurecimento da educação escolar em casa

O amadurecimento da educação escolar em casa

Dra. Isabel Lyman

No final da década de 1960 e começo da década de 1970, o moderno movimento de educação escolar em casa estava em sua infância nos Estados Unidos. Naquela época, a maioria dos americanos via a educação em casa como uma estranha atração turística ou a escolha do estilo de vida daqueles que estavam dispostos a sofrer mais dificuldades do que o necessário.

Que diferença algumas décadas fazem.

Hoje, a educação escolar em casa está com uma imagem totalmente mudada. O movimento, que era estranho, agora se tornou parte das grandes tendências sociais e adquiriu um brilho fascinante e popular.

Dê uma olhada em algumas edições da revista Sports Illustrated, de 2007. Ali nunca falta espaço para notícias sobre personalidades do atletismo que receberam sua educação em casa. Como Jessica Long, que nasceu na Rússia, reside em Baltimore, e é uma nadadora realizada. Aos 15 anos, Jessica se tornou a primeira atleta das Paraolimpíadas a ganhar o prestigioso Prêmio Sullivan, que honra os maiores atletas amadores do país. Então há o arrojado Joey Logano que, aos 17 anos, já ganhou uma corrida da NASCAR.

Até mesmo pretendentes à presidência dos EUA, e suas esposas, estão mostrando simpatia pública ao movimento de educação escolar em casa. O deputado federal Ron Paul (R-Texas) deu apoio entusiástico às famílias que educam os filhos em casa, e Elizabeth Edwards, esposa do senador John Edwards (D-North Carolina) disse ao jornal Wall Street Journal que neste outono ela planeja educar em casa os dois filhos mais novos do casal “com a ajuda de um tutor”.

Quanto às realizações acadêmicas, esta temporada de competição nacional foi extraordinária: adolescentes que foram educados em casa foram coroados como campeões em três eventos importantes. Um menino de 12 anos chamado Matthew Evans ganhou a competição National Word Power, patrocinada pelo famoso Reader’s Digest. O menino de 13 anos Evan O’Dorney, da Califórnia, ganhou a Competição Nacional de Ortografia da Scripps, e a menina de 14 anos Caitlin Snaring de Washington se tornou campeã na Competição da National Geographic.

Em seguida há Micah Stanley de Minnesota que nunca na vida entrou numa escola institucional. Nos anos recentes, ele estava matriculado na Faculdade de Direito Oak Brook, uma faculdade de direito de correspondência com sede em Sacramento. Em fevereiro de 2007, ele fez, durante três dias, os duros exames gerais de advocacia (as leis da Califórnia permitem que estudantes de direito por correspondência façam os exames de advocacia), e ele pode agora acrescentar a palavra “advogado” no seu currículo. Em suas horas de folga, ele está finalizando um livro intitulado “Como Escapar do Reservatório: Um Guia para Ajudar Você a Ter o que Você Quer”.

Micah tem 19 anos.

Entretanto, um adolescente advogado e escritor não seria surpresa para John Taylor Gatto, um crítico conhecido das leis de educação compulsória e que já foi Professor do Ano do Estado de Nova Iorque. Escrevendo na Harper’s Magazine, Gatto argumentou abertamente que “a inteligência é tão comum quanto o capim”.

Talvez. Mas também dá para entender que quando as pessoas comuns ficam sabendo que campeões como Joeys, Caitlins e Micahs receberam educação em casa, elas ficam amedrontadas — como se essa escolha educacional fosse o domínio exclusivo de mães e pais obcecados e compulsivos com dinheiro de sobra para jogar fora, muitas horas de folga e filhos nota 10.

Embora seja elogiável quando um menino alcança uma meta monumental, a educação escolar em casa sempre teve mais a ver com liberdade e responsabilidade pessoal do que com ganhar bolsas de estudos de grandes universidades ou jogar tênis em Wimbledon. Em geral, o movimento de educação escolar em casa atrai famílias da classe trabalhadora de todas as raças e religiões, cujo principal desejo é fornecer uma experiência estimulante de aprendizado.

É claro, quem mais sobressai no movimento são as famílias e seus filhos ousados e intrépidos. A família Burns, do Alaska, iniciou neste verão uma viagem de veleiro ao redor do mundo por três anos. Chris Burns (o pai) disse ao jornal Juneau Empire que ele espera, enquanto estiver no mar educando seus filhos, ter conexão direta com escolas do Alaska a fim de conduzir sessões de perguntas e respostas aos alunos.

Num sentido legal, os meninos e meninas que estudam em casa são um lembrete reluzente de uma questão complexa que se tornou o ponto central de importantes casos no Supremo Tribunal: o Estado tem a autoridade de forçar uma criança a ir para a escola e fazê-la sentar-se numa carteira durante 12 anos? Se tal criança tem a aptidão e maturidade para tal contrato de longo prazo (ou escravidão contra a vontade dela) permanece uma questão incômoda porque, no mantra aceitável de hoje, “a educação é um direito”.

Mais que passou da hora de se debater essa questão, pois há abundantes sinais — as caras aulas de recuperação e o crescente índice de evasão escolar, para citar apenas dois problemas — indicando que o atual modelo de escola pública não é favorável às crianças.

A educação escolar em casa, afinal de contas, começou a se tornar popular porque uma autoridade passada do Ministério da Educação dos EUA argumentou que as crianças, como delicadas plantas de estufa, precisam de certo tipo de ambiente para crescerem e desabrocharem, e que pais amorosos, não instituições, têm mais chance de criar as estufas.

Foi em 1969 quando o falecido Dr. Raymond Moore iniciou uma investigação em áreas anteriormente negligenciadas da pesquisa educacional. Duas das perguntas que Moore e uma equipe de colegas empreenderam responder foram (1) A institucionalização das crianças novas é uma tendência educacional saudável? e (2) Qual é a melhor época para se entrar na escola?

Enquanto examinava milhares de estudos, vinte dos quais comparavam crianças que entravam cedo na escola com crianças que entravam tarde, Moore concluiu que os problemas de desenvolvimento, tais como hiperatividade, miopia e dislexia, são muitas vezes conseqüência da prática de sobrecarregar prematuramente a mente e o sistema nervoso da criança com contínuas tarefas acadêmicas, como ler e escrever.

A maior parte das pesquisas convenceu Moore de que a escolarização formal deve ser adiada até a criança ter pelo menos 8 ou 10 anos, ou até mesmo 12 anos. Conforme ele explicou: “Essas descobertas despertaram nossa preocupação e nos convenceram a centralizar nossa investigação em duas áreas principais: o aprendizado formal e a sociabilização. Esse trabalho acabou levando a um interesse inesperado na educação escolar em casa”.

Moore então escreveu Home Grown Kids e Home-Spun Schools. O resto, como dizem, é história. Os livros, publicados na década de 1980, venderam centenas de milhares de exemplares e oferecem conselhos práticos para potenciais pais educadores.

Hoje em dia, há uma imensidão de materiais de auto-ajuda, grande quantidade de produtos comerciais e oportunidades online exclusivamente dedicados a incentivar famílias a aprender juntos na conveniência de seus lares. A educação escolar em casa já passou seu período de graduação, transformando-se numa escolha testada e aprovada que permite que os filhos se desenvolvam com sucesso e aprendam conforme seu próprio ritmo. A educação em casa inspira outras histórias de sucesso. À medida que nossa nação é famosa por incentivar os imigrantes a se reinventarem e realizarem o Sonho Americano, assim também ocorre com as crianças na educação em casa, quer elas tenham ou não um QI elevado.

Acima de tudo, o mérito da educação escolar em casa é que esse modelo educacional permite novas experiências, flexibilidade e muitas tentativas até se encontrar a melhor solução. Aí está o grande contraste com a educação que o Estado dá. Como com todos os sistemas estabelecidos pelas burocracias, as escolas públicas estão atoladas numa única via, perpetuam fracassos, reagem lentamente a mudanças e resistem a todas as reformas. Não se localizam nem se detêm os erros, que estão no sistema todo destruindo tudo. Já é ruim quando tal sistema burocrático é usado para governar os contratos trabalhistas e serviço postal. É perda trágica quando é usado para administrar a mente das crianças.

Dra. Isabel Lyman é autora do livro The Homeschooling Revolution, sobre o moderno movimento de educação escolar em casa. Seus artigos aparecem em grandes jornais americanos como Miami Herald, Wall Street Journal, Dallas Morning News, Pittsburgh Tribune-Review, Investor’s Business Daily, Boston Herald, Los Angeles Daily Journal, National Review, Chronicles e Daily Oklahoman.

Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com.br; www.juliosevero.com

Bibliografia:

John Taylor Gatto, "Against School — How public education cripples our kids, and why."

Harper’s Magazine, setembro de 2003.

Ken Lewis, "Juneau man to set sail on world voyage." Juneau Empire, 16 de abril de 2007.

Raymond Moore, "Homegrown and Homeschooled." Mothering, verão de 1990, p. 79.

Entrevista por email com Micah Stanley, 2 de julho de 2007.

Fonte: Ludwig von Mises Institute

Para mais artigos sobre educação escolar em casa, visite o Blog Escola em Casa.

03 setembro, 2007

Unção da multiplicação: presentes do coração do Pai estão aguardando você

Atenção: mensagem destinada exclusivamente para homens e mulheres comprometidos e apaixonados por Jesus Cristo!

Unção da multiplicação: presentes do coração do Pai estão aguardando você

Julio Severo

Imagine o cenário. Um homem apresenta-se como pastor evangélico e as pessoas logo lhe perguntam quantos membros ele tem. Ele responde que tem dois, e todos têm dó dele, pensando que ele está no chamado errado, pois a ocupação de pastor necessariamente deve envolver a multiplicação de seu rebanho. Dois é muito pouco. Só dá para o começo.

Aliás, num evento evangélico em que estive recentemente o palestrante pediu, na sua oração, a unção da multiplicação e fertilidade sobre os pastores presentes e suas congregações. Nada mais justo. O povo de Deus tem chamado para se multiplicar. As congregações precisam estar abertas ao crescimento, recebendo novos membros. Quanto mais, melhor. Tudo o que é bom precisa crescer e se multiplicar.

Mas, na visão de Deus, não só as congregações são como rebanhos. As famílias também se encaixam nessa categoria. Aliás, quando Deus prometeu pela primeira vez sua poderosa unção de multiplicação (uma unção que todo líder cristão hoje deseja com todas as forças de sua alma), o alvo de sua bênção não era nenhuma igreja. Era o primeiro casal! E essa unção, embutida no primeiro mandamento, nunca foi revogada.

Parceiros de Deus na missão de criar seres eternos

O casal composto exclusivamente de homem e mulher comprometidos um com o outro é o ideal supremo de Deus na criação. Por isso, a família vem antes das igrejas e do Estado, tanto nos propósitos de Deus quanto na realidade do mundo natural. É por isso também que o Estado não tem o direito de redefinir o que Deus já definiu há milhares de anos: homem e mulher se casam para gerar nova vida. Essa diferença sexual fundamental nenhum chamado “casal” homossexual, lésbico, etc., consegue imitar. Mas a capacidade de gerar nova vida de forma natural é muito mais do que simplesmente criar outro ser.

Deus deu ao ser humano um privilégio exclusivo: participar na criação de outros seres humanos com espírito.

O homem foi criado com espírito para viver para sempre com Deus. Depois que a raça humana foi infectada pelo vírus do pecado, esse privilégio foi removido. Contudo, quando o homem se arrepende de seus pecados e se entrega totalmente a Jesus, seu espírito de novo ganha o direito de viver eternamente com Deus.

Viver eternamente com Jesus Cristo é uma bênção muito maior e mais importante do que ter mansões, fortunas, riquezas, mulheres, fama, etc.

Quando entendemos que temos um espírito — uma vida espiritual invisível —, compreendemos também que fazemos parte de uma realidade espiritual e invisível. Com essa perspectiva, temos valores espirituais — valores que vêm do próprio Deus, pois Ele é o Criador de tudo o que é visível e invisível. Ele é Senhor e tem controle sobre o mundo material e espiritual.

Animal reproduz animal. Mas o homem não reproduz um animal. O ser que o homem gera com a participação fundamental da mulher, por capacitação soberana de Deus, é muito mais do que um “filhote” — é um ser humano criado conforme a imagem e semelhança de Deus, é um ser humano que possui um espírito eterno e é literalmente um galardão (presente) de Deus para o casal.

Presentes de Deus!

“Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta”. (Salmos 127:3-5 ACF)

Nada tem mais valor do que as riquezas espirituais. Quando Deus diz que filhos são bênçãos para os casais que O temem e honram, Ele está descrevendo também bênçãos espirituais. Ele chega a dizer que bem-aventurado é o homem que encher deles a sua aljava, isto é, feliz e sortudo é o homem de Deus que se encher de filhos! É um pensamento bem radical, mas veio da Mente certa, de modo que se nossos pensamentos são diferentes, é só confirmação do que o próprio Deus diz:

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”. (Isaías 55:8-9 ACF)

Quando Deus diz que bem-aventurado é o homem que enche de filhos a sua aljava, ele está chamando os casais comprometidos com Ele para uma vida de felicidade e multiplicação:

  • Multiplicação de bênçãos: repartir com os outros as bênçãos que Ele concede, principalmente o Evangelho.
  • Multiplicação de valores espirituais: discipulando e ensinando outros nas verdades e princípios da Palavra de Deus (cf. Mateus 28:20).
  • Multiplicação de filhos: tendo abertura para receber de Deus todos os filhos que Ele quer dar, sem Lhe impor limitações e restrições.
  • Multiplicação de valores espirituais: discipulando e ensinando os próprios filhos nas verdades e princípios da Palavra de Deus (cf. Mateus 28:20).
  • Multiplicação de visão: treinando seus filhos para espalhar as verdades e princípios aprendidos da Palavra de Deus (cf. Mateus 28:20).

Se filhos são presentes de Deus, então onde está a disposição de recebê-los? Quem já ouviu falar de alguém que recusou presentes de um grande amigo? Quem já ouviu dizer de alguém que manteve propositadamente sua casa trancada de todas as formas possíveis a fim de que seu melhor amigo não pudesse alcançá-lo com seus presentes?

Entretanto, muitos cristãos agem dessa forma. Deus lhes deu o dom da fertilidade, porém eles se trancam para Ele. Alguns casais cristãos chegam a afirmar que se for a vontade de Deus lhes dar filhos, a contracepção não O impedirá — como se Deus tivesse a obrigação de quebrar portas e janelas da nossa vida para nos forçar a receber Suas bênçãos.

Além disso, o ato de mutilar propositadamente o templo do Espírito Santo não é um pecado pequeno. A própria lei humana estipula penalidades para o indivíduo que, por exemplo, amputar deliberadamente um braço ou perna saudável do próprio corpo. Isso é loucura.

Apesar do valor dos braços e das pernas, quem é que enxerga que um membro muito mais importante e saudável está sendo mutilado e danificado exclusivamente para satisfazer os prazeres e ambições pessoais em detrimento do funcionamento natural ordenado por Deus da sexualidade humana? É possível imaginar alguém que queira amputar a língua a fim de ter algum tipo de prazer e evitar deliberadamente a função natural de falar e sentir gosto?

A única parte do nosso corpo que tem o poder de gerar vida é o órgão sexual, em complementação com o sexo oposto. Por isso, se não faz sentido destruir a função natural da mão ou do pé, menos sentido faz ainda destruir a capacidade de gerar nova vida que o próprio Deus concedeu à sexualidade humana. Só existe alguém — nada bonzinho e santo — que pode estar por trás das atitudes, políticas, programas e métodos de destruir essa capacidade…

Quem controla quem: IPPF, potestades e ambições pessoais

Em nada me impressiona que os ímpios na sociedade queiram o controle da natalidade. Em nada me admira que Lula e seus programas de governo promovam tanto o controle da natalidade. Seus programas incluem educação sexual pornográfica, imposições gayzistas e outras formas de estuprar a sexualidade natural dada por Deus. Gente assim merece o controle da natalidade!

Entende o que quero dizer? Eles realmente merecem um controle necessário na sua própria sexualidade, de modo que não lhes nasçam outros seres inocentes para serem contaminados e contaminarem as próximas gerações com os mesmos valores que eles próprios têm.

Quem apóia o aborto, o homossexualismo e outras perversões não merece ter filhos para prosseguir suas más obras nas gerações seguintes. De fato, eles próprios concordam, pois são eles que promovem e querem a esterilização como forma de controle da natalidade. Eles não merecem ser atendidos em seus desejos pessoais?

Embora Deus queira que os justos se multipliquem, a vontade dEle é que os maus não deixem descendentes (cf. Salmo 37.28b,38). Nessa perspectiva, pode-se dizer que o planejamento familiar, principalmente a esterilização, cumpre perfeitamente o propósito de Deus para os maus. Além disso, eles próprios adoram o controle da natalidade!

Essa “adoração” é compreensível. O termo controle da natalidade é tradução exata do termo original em inglês birth control, criado por Margaret Sanger, famosa teósofa e fundadora da primeira e maior entidade de controle da natalidade do mundo, a Federação Internacional de Planejamento Familiar — mais conhecida pela sigla inglesa IPPF. A IPPF é hoje a maior entidade promotora do aborto e educação sexual pornográfica no mundo, e está participando “discretamente” da campanha que o governo Lula vem provocando para legalizar o aborto.

Os ímpios, com suas políticas, programas e métodos “onipresentes” de planejamento familiar, estão literalmente revogando em suas vidas o primeiro mandamento de Deus. Aliás, eles revogam muito mais quando o assunto é obediência aos princípios de Deus. Para eles, os mandamentos de Deus estão ultrapassados e ponto final!

Contudo, os homens e as mulheres atentos ao coração de Jesus estão abertos aos presentes do Pai. Seu decreto de multiplicar Seus presentes nas nossas vidas nunca mudou. Ele nunca o revogou. Quem o revoga somos nós, mediante nosso próprio orgulho e falta de fé. Quem o revoga somos nós, quando não enxergamos o valor da multiplicação que Deus determinou para nossos casamentos e famílias.

O pior é que muitos cristãos, percebendo ou não, fazem essa revogação em suas vidas sob a inspiração da mentalidade da fundadora da IPPF! Essa mentalidade hoje controla tanto a nossa geração que seu poder só pode ser atribuído à operação de potestades espirituais, pois tanto pagãos quanto cristãos foram sistematicamente doutrinados a pensar que “controlam” sua sexualidade quando na verdade eles próprios é que estão sob controle. É um controle da mentalidade que leva ao controle da natalidade.

No caso dos cristãos, o assunto é muito, muito mais sério, pois nem eles mesmos, e muito menos modismos teosofistas ou operações de potestades, deveriam controlar uma área que, por direito, deveria estar sob o controle direto do Dono dos templos do Espírito Santo.

Ao que tudo indica, muitos desconhecem o fato de que Annie Besant e outros teósofos da Nova Era foram pioneiros nas campanhas para que os casais cristãos tivessem menos filhos. Por incrível que pareça, os princípios da Nova Era fazem sucesso entre os cristãos até hoje.

O valor da multiplicação

Esquecemo-nos de que a própria realidade fornece exemplos notáveis do valor da multiplicação. O pastor de ovelhas vê com bons olhos a multiplicação de seu rebanho, porém fica preocupado quando as ovelhas não dão cria. Todos querem a multiplicação do que é bom. O fazendeiro vê com bons olhos a multiplicação de seu gado — quanto mais, melhor —, porque o gado tem valor.

Mas quem tem gatos ou cachorros não quer multiplicação, ou quando quer, é uma multiplicação muito controlada e por tempo muito limitado — e fica preocupado com o aumento desordenado das proles. O fazendeiro vê tudo de modo muito diferente, pois para ele não existe aumento desordenado de gado, porque toda multiplicação de gado, por maior que seja, é muito bem-vinda!

O “controle da natalidade” é uma medida necessária no caso de cães e gatos. Mas ninguém pensaria em aplicar medidas de “controle da natalidade” no gado. O motivo é bem simples: Só o que tem valor é digno do nosso desejo de multiplicação.

Esse exemplo não serve inteiramente no caso dos seres humanos, pois Deus nos deu uma posição muito mais elevada do que a posição de meros animais. Nenhum animal tem um espírito que possa viver eternamente.

Os justos têm um chamado infinitamente superior. Eles são chamados para criar filhos que serão poderosos na terra! (Cf. Salmo 112:2) O que são filhos poderosos, na visão de Deus? São homens e mulheres que farão uma diferença neste mundo, ajudando a expandir o Reino de Deus em todas as esferas da sociedade.

Se você é pastor, é claro que você deseja na sua igreja um exército de membros assim. Mas lembre-se: Deus deu essa promessa para as famílias.

Por isso, pastor, ensine e profetize sobre as famílias da sua igreja a mesma bênção de multiplicação que você profetiza para o aumento de sua própria congregação! É uma oração que, sem dúvida alguma, agradará muito ao Pai que projetou a família.

A fé com reservas pode agradar a Deus?

Quando um homem justo abre todas as áreas da sua vida para Deus, porém fecha a área da fertilidade, ele está dizendo: “Senhor, eu confio em ti em muitas coisas, mas essa área eu não entrego. Essa área vai ficar sob meu controle, porque confio muito mais em mim mesmo do que em ti. Além disso, não sei o que o Senhor poderia fazer com minha vida se eu deixasse essa área aberta e consagrada para ti!”

Ou então tente imaginar um homem ou mulher dizendo a Deus: “Sei que meu corpo é templo do Espírito Santo, mas preciso mutilar minha sexualidade, pois nessa área só quero prazer e poucos (ou nenhum) filhos”.

Outra grande desculpa para não se receber esses presentes especiais de Deus é a pobreza, como se todas as famílias grandes da Bíblia fossem compostas de milionários sentados à beira de piscinas, tomando refrigerantes gelados e sem nada para fazer o dia inteiro.

Pelos padrões atuais, as famílias grandes da Bíblia eram extremamente pobres: não tinham meios de comunicação, eletricidade, água encanada, telefone, transporte, geladeira, televisão, acesso a ônibus, jornais, etc. Não tinham também a grande variedade de alimentos que temos hoje. Eles tinham muitas vezes 10 filhos, quando não existiam fraldas comuns — fraldas noturnas, nem pensar!

Em vez de piscinas, eles trabalhavam debaixo de sol, e crianças e adolescentes viviam tão ocupados que não tinham tempo algum para se envolver com sexo, drogas e crimes. Eles tinham de passar grande parte do tempo plantando a fim de comer, num trabalho muito exaustivo.

Os casais de Deus no Antigo e Novo Testamento tinham uma vantagem sobre nossa geração. Eles amavam suas famílias muito mais do que nós hoje amamos nosso dinheiro, contas bancárias, viagens turísticas, profissão, diplomas, carros, etc. Eles queriam a multiplicação de seus filhos muito mais do que nós hoje ambicionamos a multiplicação de perecíveis riquezas.

E se o problema é de fato a pobreza, a resposta errada vem do governo, que prega insistentemente o planejamento familiar como a melhor solução para as famílias. A resposta certa, para os casais que amam Jesus Cristo, vem do próprio Deus: “Mas [Deus] livrou os pobres da miséria e fez com que as suas famílias aumentassem como rebanhos.” (Salmos 107:41 NTLH)

Se você é um marido ou esposa pobre, entendeu o que Deus quer fazer na sua vida? Ele quer livrar você da pobreza e fazer sua família aumentar como um rebanho, de modo que os valores, princípios e ensinos que você ensina sejam multiplicados por meio da vida dos seus filhos, que prosseguirão o que você faz, preservando e divulgando seus valores, princípios e ensinos no futuro.

Contudo, se você tem valores, princípios e ensinos que não valem a pena, então realmente não vale a pena você ter filhos. Tudo o que você pode fazer, nesse caso, é pedir que Deus faça um conserto especial em você e sua família.

O controle da natalidade não é resposta nem bênção para homens e mulheres de Deus, que não deveriam trancar sua sexualidade para o Dono de todos os templos do Espírito Santo. Mas é inegável que o controle da natalidade é a resposta ideal para homens e mulheres que não respeitam a Deus.

O seguidor de Jesus tem também outras questões a considerar se reluta em deixar Jesus ser Senhor da sua área sexual. Muitos métodos anticoncepcionais provocam micro-aborto. É por isso que, mesmo para os ateus que tanto gostam do planejamento familiar, o melhor e mais recomendável é que eles se esterilizem, em vez de se apoiarem em métodos anticoncepcionais que matam bebês bem no início de seu desenvolvimento dentro do útero de suas mães. A esterilização os impedirá de deixar descendentes sem matar vidas inocentes.

Multiplicação e vida em abundância são bênçãos de Deus

Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente (cf. Hebreus 13:8). Ele veio para trazer, em todos os sentidos, vida em abundância (cf. João 10:10). Para os casais de Deus, a vida em abundância de Jesus também se manifesta na multiplicação que o Pai determinou para a fertilidade do casamento, para que as famílias aumentem como rebanhos, conforme Sua própria soberana vontade, que jamais deveria ser revogada por nossa própria vontade arrogante.

Deus tem para cada pai e mãe o chamado de pastorear seu rebanho de filhos. E ao aceitar esses presentes iniciais, ninguém pode antecipar quais outras surpresas de Deus poderão vir.

Deus é bom, justo e compassivo. Aliás, Ele é amor. Quando Ele traz suas bênçãos de multiplicação, tudo em nossa vida se multiplica e é “afetado” de forma positiva. Deus poderá multiplicar o número de seus filhos, conforme Sua própria decisão, contanto que você aceite a soberania dEle em todas as áreas da sua vida. Se deixar de usar o controle da natalidade, talvez você não venha a ter muitos filhos, mas se muitos chegarem, a sua alegria se multiplicará, se o seu coração de fato está no Senhor Jesus.

Você se verá como o pastor abençoado de uma igreja razoável, e só depois de ver seus netos e bisnetos é que você poderá dizer que de fato você tem uma bela igreja!

O casal Jim e Michelle Duggar é um exemplo de paixão por Jesus. Eles estão hoje discipulando 17 filhos para Ele! (Veja foto ao lado) Eles fizeram a decisão consciente de não colocar nenhuma restrição na vontade de Deus para sua família. Pelo contrário, eles estão com as portas de sua casa e coração aberta s ao Deus das surpresas agradáveis. Vale a pena visitar o site da família Duggar, em inglês: http://www.duggarfamily.com

Se tal soberania divina sobre seu corpo e sua sexualidade não lhe agrada, Deus pouco pode fazer — e é bem triste quando temos todos os presentes prontos para um amigo, mas ele se tranca a fim de não recebê-los.

No entanto, onde há braços e corações abertos, Jesus pode entregar os presentes do Seu coração, pois todas as coisas são possíveis para Deus, e todas as coisas são possíveis para quem tem fé e deixa Deus operar.

“Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem se aproxima dele precisa crer que ele existe e que ele dá recompensas aos que buscam conhecê-lo profundamente”. (Hebreus 11:6)

Fonte: www.juliosevero.com.br; www.juliosevero.com

Leitura recomendada:

Livro De Volta Ao Lar

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Controle populacional e homossexualismo

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Quando Maior é Melhor

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