23 setembro, 2011

Urgente: pela legalização do homeschooling

Urgente: pela legalização do homeschooling

Prezados,
Tramitam na Câmara dos Deputados, desde 2008, os Projeto de Lei (PL) 3518/2008, de autoria dos Deputados Henrique Afonso (PT-AC) e Miguel Martini (PHS-MG), e 4122/2008, de autoria do Dep. Walter Brito Neto (PRB-PB). Esses projetos, que estão tramitando juntos, propõem a legalização explícita do ensino domiciliar ou homeschooling no Brasil.
Eles começaram a sua tramitação pela Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara, onde estão até hoje. Para quem não sabe, a Câmara se divide em comissões temáticas, que são grupos de deputados que se especializam em certos assuntos. Todos os projetos que dizem respeito à educação e à cultura passam pela CEC. Quando um projeto de lei passa por qualquer comissão da Câmara, um dos deputados-membros é escolhido como relator e tem a tarefa de examinar o projeto e produzir um relatório a seu respeito, explicando-o aos demais membros da comissão e recomendando a aprovação ou rejeição do projeto. A comissão é livre para acatar ou não o relatório do deputado relator, mas em geral a tendência é acatá-lo.
Em junho de 2009, a então deputada relatora, Bel Mesquita (PMDB-PA), apresentou à CEC um relatório propondo a rejeição dos projetos sobre homeschooling, alegando que eles violariam a Constituição e as leis brasileiras, que a socialização escolar é imprescindível e que há países desenvolvidos que proíbem ou restringem o ensino domiciliar.
Em julho de 2009, o Dep. Lobbe Neto (PSDB-SP) sugeriu à CEC que, antes que ela tomasse alguma decisão acerca do relatório da Dep. Bel Mesquita e dos projetos sob análise, fosse realizada uma audiência pública, na qual a CEC convidaria especialistas no assunto a apresentarem palestras e discutirem o tema perante a Comissão. Essa audiência de fato foi realizada em outubro de 2009, com a participação dos seguintes palestrantes:
(a) o Sr. Carlos Artexes Simões, diretor de Concepções e Orientações Curriculares para a Educação Básica, da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação; 
(b) o Sr. Cláudio Ferraz Oliver, escritor, mestre em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, e residente nessa cidade; 
(c) o Sr. Cléber de Andrade Nunesdesigner, residente em Timóteo (MG), pai de dois adolescentes que estão sendo educados em casa por ele próprio e por sua mulher, e que por causa disso está enfrentando ações judiciais divulgadas na imprensa de todo o país;
(d) o Prof. Luiz Carlos Faria da Silva, doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas e professor da Universidade Estadual de Maringá (PR);
(e) o Prof. Alexandre Magno Fernandes Moreira Aguiar, procurador do Banco Central do Brasil, professor de Direito na Universidade Paulista e em vários cursos preparatórios para concursos em Brasília. 
O representante do MEC posicionou-se contrário aos projetos; todos os demais, contudo, se pronunciaram favoravelmente e apresentaram com brilho vários argumentos relevantes.
Em consequência dessa audiência, o deputado que a presidiu, Wilson Picler (PDT-PR), convenceu-se do mérito do ensino domiciliar e preparou uma proposta de emenda constitucional (PEC) destinada a consagrar na Constituição Federal o direito ao ensino domiciliar. Ele conseguiu o apoio de dezenas de outros deputados para apresentar essa proposta. Trata-se da PEC 444/2009, que também está tramitando no Congresso. Não se deve confundir a PEC 444/2009 com os dois projetos de lei que estou comentando aqui; enquanto a PEC pretende alterar a Constituição Federal, os PLs pretendem modificar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para os interessados na prática do ensino domiciliar, é muito importante a aprovação tanto da PEC quanto destes PLs.
Pois bem: depois dessa audiência pública, a tramitação dos PLs na CEC da Câmara parou por um longo tempo. O relatório da Dep. Bel Mesquita foi arquivado sem ser votado. A deputada, por sua vez, não foi reeleita e saiu da Câmara dos Deputados.
Até que agora, em 15/09/2011, o novo relator, o Dep. Waldir Maranhão (PP-MA), apresentou um novo relatório à CEC sobre esses projetos. E esse segundo relatório também recomenda a rejeição dos dois projetos, com base em argumentos idênticos aos da antiga relatora Bel Mesquita.
Esse relatório ainda não foi votado pela CEC, mas pode vir a ser votado a qualquer momento. Caso a CEC aceite o relatório, os projetos serão rejeitados definitivamente e nós perderemos uma oportunidade histórica de legalizarmos o ensino domiciliar no Brasil. É fundamental, portanto, que todos aqueles que apoiam o homeschooling escrevam aos deputados que integram a CEC, manifestando seu apoio aos projetos e sua desaprovação do relatório do Dep. Waldir Maranhão -- e, naturalmente, solicitando aos deputados que rejeitem o relatório do Dep. Maranhão e aprovem os projetos.
Os e-mails dos deputados que integram a CEC são:
Basta copiar todos os e-mails acima e colar de uma só vez no campo do destinatário. Mandem a sua mensagem para todos eles, independentemente do partido a que pertençam (há simpatizantes do ensino domiciliar em todos eles) e independentemente do fato de serem membros titulares ou suplentes da CEC (nunca se sabe quais serão os deputados efetivamente presentes à seção em que os projetos serão votados).
Para quem quiser acompanhar melhor os projetos e sua tramitação, esta é a página do PL 3518/2008:
e esta é a do PL 4122/2008:
Cliquem em "inteiro teor", logo do lado dos números dos projetos, e vocês poderão lê-los.
Na página do PL 3518/2008, lá embaixo, vocês encontram uma referência ao parecer do Dep. Waldir Maranhão. Cliquem em "inteiro teor" e vocês poderão ler o relatório que ele escreveu.
Nessas páginas vocês também encontram outros documentos relevantes.
Por favor, encaminhem esta mensagem para qualquer pessoa que possa se interessar pelo tema.
Obrigado.
Atenciosamente,
Felipe Ortiz
Divulgação: www.juliosevero.com

14 setembro, 2011

Como escapei de um escândalo político no Rio

 

Como escapei de um escândalo político no Rio

Julio Severo
Em 2006, cheguei ao Rio de Janeiro com minha família, sem recursos e sob perseguição. Sobre mim estava o chamado de denunciar a agenda gay, um chamado que já estava sólido desde a publicação do meu livro O Movimento Homossexual pela Editora Betânia em 1998.
Ter um chamado em qualquer sentido contrário à agenda gay é um risco. Vi, com tristeza, o MOSES se extinguir devido às pressões, perseguições e injustiças sofridas. O MOSES (Movimento pela Sexualidade Sadia), uma organização fundada por meu amigo João Luiz Santolin, tinha como objetivo oferecer esperança aos homossexuais.
A mídia nunca teve interesse em fazer uma cobertura positiva dessa importante organização evangélica. Contudo, quando um dos líderes do MOSES se desviou do Evangelho voltando ao homossexualismo, a revista Época, da Globo, prontamente se interessou e se lançou como um lobo em cima de uma presa inocente. O MOSES, da noite para o dia, se tornou vítima de infâmia e assassinato de caráter.
Eis a lição moral: Qualquer mínimo problema é motivo suficiente para a mídia esquerdista trucidar pessoas que se identificam de alguma forma com valores conservadores. Normalmente, se um médico não consegue curar um ou dois pacientes, a mídia não o lincha, pois há também pacientes que foram curados. Da mesma forma, quando um jovem drogado recai depois de um período de internação em clínica de reabilitação, a mídia não ataca a clínica, “noticiando” que o tratamento contra as drogas é inútil.
As pessoas podem se desviar de qualquer coisa: de seus votos conjugais, de seus contratos, de suas empresas, de seus grupos e até do barbeiro da esquina, sem provocar indignações da imprensa.
Mas quando um homem, que se tornou cristão, volta ao pecado homossexual, a mídia esquerdista não perdoa os cristãos, culpando-os de proclamar uma esperança desnecessária para um problema que, para eles, não existe. Assim, um mínimo desvio é o suficiente para a imprensa esquerdista inchar ou até mesmo inventar um escândalo contra os cristãos.
Esse quase foi o meu caso no Rio de Janeiro. Sabendo de minhas dificuldades, um famoso político evangélico se ofereceu para me dar um “auxílio”. A proposta era simples: eu matricularia meus filhos na escola e receberia pelos filhos matriculados uma “ajuda financeira” dele.
Era uma tentação, pois minha família precisava de assistência e passei muitas humilhações no Rio. Apesar de que todos diziam que meu trabalho era muito importante, poucos estavam dispostos a colaborar. Entretanto, permaneci fiel à minha convicção de que o melhor lugar para educar crianças é o lar. Então, respondi ao político que eu nunca poderia matricular meus filhos em escola, pois sou adepto do homeschooling. Mas ele me tranquilizou dizendo que a matrícula seria mera formalidade, e que eu jamais precisaria levar meus filhos à escola. Ele deixou claro que queria apenas me “ajudar”.
Mas não me senti em paz com essa proposta, por mais generosa e inocente que parecesse, de modo que a recusei.
Pouco tempo depois, esse político virou manchete com vários escândalos, inclusive de um esquema onde ele desembolsava dinheiro com a “matrícula” de crianças dos outros na escola.
De acordo com a imprensa, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) destina cerca de um salário mínimo para cada dependente de funcionário que esteja estudando. É o auxílio-educação. Quanto maior o número de filhos matriculados, maior o número de auxílios-educação.
Vários deputados descobriram que esse dinheiro podia ser desviado para seus bolsos, num escândalo que acabou se chamando “bolsa-fraude”, que resultou num prejuízo de mais de R$ 3 milhões dos cofres públicos do Rio.
O político que queria me “ajudar” não conseguiu minha família, mas ele conseguiu famílias que totalizaram dezenas de dependentes, cada um recebendo cerca de um salário mínimo, num total de R$ 31 mil reais por mês.
O “bonzinho” político evangélico fazia matrículas geralmente fantasmas, ganhando uma grande bolada à custa das famílias que haviam entrado no esquema dele.
Portanto, eu não perdi nada em recusar. Deus usou outras pessoas que, sem exigir de mim participação em esquemas de corrupção, foram verdadeiros anjos de socorro para mim no Rio. E ganhei outras bênçãos e livramentos por ter rejeitado a “ajuda” do político evangélico. Recentemente, o dono do tabloide sensacionalista Genizah usou seu site Observador Cristão para forjar com seus peões várias acusações contra mim, com base na hipótese de que meus filhos teriam estudado numa escola de Niterói.
Estou certo de que se eu tivesse matriculado, ainda que apenas por inocente simbolismo e necessidade, meus filhos na escola para receber dinheiro de um esquema político do qual eu não tinha a mínima ideia, meus caluniadores estariam hoje cantando vitória, dizendo: “Temos provas concretas de que Julio Severo matriculou seus filhos!” Do mesmo modo, a mídia esquerdista não me perdoaria, destacando em manchete o nome de meus filhos, se eu os tivesse matriculado no esquema do pastor-político evangélico.
No entanto, Deus graciosamente tem me protegido de maldades e ataques de uma imprensa esquerdista secular e evangélica que faria uso de qualquer recurso para destruir meu chamado. Além disso, aprendi muito com minha estadia no Rio.
Quanto ao político evangélico, assim como Lula, ele está conseguindo sobreviver aos seus escândalos políticos. Num Brasil imerso em corrupção, um político corrupto, seja evangélico ou ateu, nada à vontade no mar de lama e sujeira. Com Lula como exemplo e campeão de “natação” no Brasil, toda sujeira é possível para qualquer político ganancioso.
No meu caso, creio que tudo é possível para Deus e que tudo é possível para quem tem fé. É por tal razão que, ao optar pelo homeschooling, nado contra a avassaladora maré do estatismo que exige o controle total das crianças e sua educação, correndo riscos com um Estado que é um monstro para inocentes famílias que dão aos filhos educação escolar em casa, mas foi gentil e bondoso com Cesare Battisti, terrorista comunista condenado por quatro assassinatos na Itália.
A mídia esquerdista secular ou evangélica já sabe que educo meus filhos em casa — prática ilegal e “criminosa” no Brasil. Daí, para os meus inimigos e para as leis forjadas por mentes esquerdistas e criminosas, sou tecnicamente um “criminoso”.
Mas seja diante de leis iníquas, ou diante de políticos ou sites evangélicos que são amantes de iniquidades e da mentira, para mim é mais importante obedecer a Deus do que aos homens.
Por isso, não me prostro diante do Estado quando ele quer meus filhos em seu altar, e não cedo aos políticos evangélicos que vivem desse altar.

12 setembro, 2011

O que Jesus faria? Educação escolar em casa

 

O que Jesus faria? Educação escolar em casa

David d’Escoto
Nos anos 90 surgiu uma moda de curta duração entre os cristãos de usar pulseiras marcadas com a sigla “WWJD” (O que Jesus faria). Essa nova moda fez com que as pessoas falassem sobre Jesus Cristo e sobre como o cristão deveria realmente tentar se espelhar em Jesus em todas as áreas de suas vidas.
A Bíblia nos ensina: “aquele que diz estar nele [Jesus], também deve andar como ele andou.” (1 João 2:6), e “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo” (1 Coríntios 11:1). O pastor João Calvino, que viveu no século XVI, se referia a Jesus como o “Grande Exemplo” que todos os cristãos deveriam seguir. Jesus nos serviu imensamente de modelo durante a sua missão na Terra. Por exemplo, Ele nos ensinou orar, lidar com as tentações, a pregar a verdade em amor, a enfrentar o mal e a efetivamente treinar e disciplinar os outros.
Os pais cristãos deveriam olhar para a vida de Jesus como um exemplo perfeito de como os pais deveriam treinar, ensinar e amar seus próprios discípulos: seus filhos. É interessante notar que houve ocasiões em que Jesus chamou publicamente Seus discípulos de “filhos” (Marcos 10:24). O estudioso bíblico do século XVIII John Gill notou que “era comum entre os judeus chamar [seus] discípulos... ‘filhos’” Ao ler os evangelhos, temos uma íntima visão de como Jesus disciplinou e amou Seus “filhos”.
Podemos ver três pontos principais no método de Jesus de discipular: ensinamento, aconselhamento e investimento de tempo.
Ensinamento — Jesus é o supremo “Bom Mestre” (Lucas 18:18). Ele ensinou Seus discípulos diariamente (Lucas 19:47); Ele viajava por toda a região com Seus discípulos, que O viam ensinar outros (Lucas 23:5); outros líderes religiosos reconheciam que Jesus era um Mestre vindo de Deus (João 3:2); os apóstolos de Jesus reconheceram que Seus ensinamentos eram as palavras da vida eterna (João 6:68); o próprio Jesus afirmava que Ele era Senhor e Mestre (João 13:14); e mesmo imediatamente depois que Jesus ressuscitou fisicamente, alguns de Seus seguidores continuaram chamando-o de Mestre (João 20:16).
Aconselhamento — Os ensinamentos de Jesus eram mais do que simplesmente falar e passar adiante a “sabedoria da mente”. Ele viveu uma vida para todos verem e seguirem. Seus discípulos frequentemente O viram se afastar e orar sozinho, o que os levou a perguntar como eles próprios deveriam orar (Lucas 11:1). Seus apóstolos viram Jesus curar os doentes, expulsar demônios, reviver mortos e pregar o evangelho. Mais tarde, depois de anos derramando Sua vida sobre eles, Jesus então confidencialmente os mandou para a “Grande Comissão” (Mateus 28:16-20).
Investimento de tempo — Os discípulos não tiveram uma única aula com Jesus, nem passaram um único semestre fazendo treinamento com Jesus; ao invés disso, passaram cerca de três anos e meio com Ele, sem férias e sem feriados. Era um “curso” de 24 horas, 365 dias por ano, ministrado pelo maior Mestre que este mundo já conheceu. Ele sabia que é preciso dedicar um longo tempo de convívio com as pessoas para realmente causar um forte impacto nas suas vidas. O Dr. John MacArthur destaca em seu livro “Twelve Ordinary Men” “[Os discípulos] poderiam escutar Seus ensinamentos, fazer perguntas, ver como ele lidava com as pessoas e usufruir de uma amizade próxima com Ele em todo tipo de situação. ... Ele os encorajava com diligência, corrigia com amor e instruía com paciência.  É assim que a melhor qualidade de aprendizado sempre ocorre. Não é simplesmente informação passada adiante; é uma vida investida no outro”.
Jesus, o maior dos mestres, certamente ensinou Seus discípulos formalmente, mas eles também compartilharam experiências de vida, viagens e o partir do pão juntos durante alguns anos. Ele os aconselhou, deu exemplo de como verdadeiramente andar com Deus e por fim os treinou para se lançarem no mundo pela Sua glória. Ele os encorajou, disciplinou, repreendeu e amou. Jesus investiu Sua vida na dos seus discípulos, e obviamente não deixou seus “filhos” aos cuidados de outras pessoas para educá-los, mas os “guardava” e “conservava” (João 17:12) até que fosse a hora de soltá-los no mundo.
Em um sentido bem real, Jesus usou a educação escolar em casa com os Seus apóstolos. A educação escolar em casa cristã se parece muito com a maneira como Jesus treinou seus apóstolos, e esses “filhos” um dia foram “transformar o mundo” (Atos 17:6)!
Hoje em dia muitos pais cristãos estão acordando para o fato de que ninguém pode treinar e discipular melhor os seus filhos do que eles próprios. Assim como Jesus Cristo, a maioria dos pais cristãos que educam seus filhos em casa ensina, aconselha e passa longas horas com os filhos, literalmente derramando suas vidas na deles ao invés de delegar a pessoas estranhas a educação de seus preciosos filhos.
Jesus nos ensina que treinamento e discipulado realmente efetivos são feitos um-a-um, e requerem muito tempo e sacrifício. Estudos recentes provam que o estilo de ensinar de Jesus é com folga o método mais eficaz, e seus resultados positivos são a maior prova. A pesquisa do Dr. Brian Ray com milhares de pessoas que foram educadas em casa e que agora são adultos mostra que menos de 4% dos jovens no primeiro ano de faculdade que foram educados em casa havia renegado sua fé. Isso é praticamente o oposto de todas as pesquisas preocupantes mostrando que aproximadamente 90% das crianças de famílias cristãs já abandonaram a igreja aos 18 anos. Que diferença que não faz o discipulado divino!
Isso derruba completamente as alegações do sal e da luz que muitos pais cristãos desinformados usam como desculpa para manter seus filhos em escolas públicas. A imensa maioria das crianças de lares cristãos está sendo convertida a uma visão de mundo antibíblica no sistema de educação pública.
A noção falsa e perigosa de que o sistema público de educação é na verdade “neutro” deve ser silenciada pela pesquisa extensa que mostra que as escolas estatais estão inculcando em 9 entre 10 crianças o pensamento marxista-leninista. O Dr. R.C. Sproul nos lembra: “A educação neutra não existe. Todo currículo escolar tem uma visão de mundo predominante por trás e pelo meio”. O currículo escolar das nossas escolas públicas está longe de ser neutro.
Pais, aprendamos com o Mestre e aceitemos com obediência o Seu modelo e Seu método para treinar os discípulos que Deus colocou sob nossos tetos. Quando Jesus ensinou aos seus discípulos mais próximos, eles frequentemente se sentavam aos Seus pés (Lucas 10:39). Em se tratando de criar filhos, o ensino que transforma de maneira mais eficaz e positiva acontece aos nossos próprios pés. Ao mandá-los para longe 180 dias do ano, outra pessoa assume o privilégio de ensinar, dar exemplo e investir cerca de 1.100 horas por ano na vida dos nossos filhos.
Jesus sabia que a melhor maneira de ensinar os Seus “filhos” para se transformar no que Ele queria era vivendo com eles, amando-os, sacrificando-se por eles, dando exemplo da vida divina e investir sua própria vida na deles. Tudo isso acontece no contexto da família. As palavras do Dr. Voddie Bauchmam nos ajudam a lembrar desse fato: “A instituição idealizada por Deus foi a família — não o grupo de jovens, nem o ministério de crianças, nem a escola cristã, mas sua família — como o principal agente de discipulado na vida dos seus filhos.”
A questão não é o que Jesus faria com os Seus “filhos”? Mas o que Ele fez de fato? Ele os deu uma educação escolar em casa.
David d’Escoto é pastor presbiteriano e cofundador do livro “The Little Book of Big Reasons to Homeschool”. Ele e sua esposa Kim ensinam seus 6 filhos em casa há mais de 13 anos.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil
Título original: WWJD? Homeschool
Fonte em português: www.juliosevero.com